Fulfillment: a revolução para a indústria de alimentos e bebidas

20 de março de 2023

*por João Alfredo Pimentel

O fulfillment é definido pelo conjunto das operações que envolvem os processos que vão do armazenamento, picking, packing e logística, incluindo o pós-venda. Essa estratégia tornou-se mais popular durante a pandemia de Covid-19, em 2020, quando as vendas online sofreram um boom e cresceram quase 27%. Na época, aproximadamente 13 milhões de brasileiros efetuaram a sua primeira compra pela internet em função das medidas restritivas que foram anunciadas.

Ainda naquele ano, o país registrou um aumento de 53,83% no número de e-commerces em relação a 2019 e um dos setores que mais impulsionaram esse crescimento foi o de alimentos e bebidas. Já no ano de 2021, o hortifrutigranjeiro alcançou a maior expansão de vendas com 119,4%, seguido pelo segmento de sobremesas e confeitaria (50,8%), bomboniere (48,9%), matinais (29,2%) e de mercearia (22,7%), de acordo com dados do levantamento realizado pela Webshoppers 45 em parceria com a Bexs Pay.

O aumento na abertura de empresas responsáveis pela entrega de alimentos em domicílio de 2019 a 2021 (+76,6%) também contribuiu para que os números fossem tão expressivos. A alimentação fora do lar, inclusive, superou os 80% de adesão depois que as medidas de restrição foram estabelecidas, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva, encomendada pela VR Benefícios. Diante disso, você pode se perguntar: qual a relação com o fulfillment e onde está a tal revolução? A resposta é simples: processos mais práticos e eficientes geram mais lucro com diminuição de custos para a indústria de alimentos e bebidas.

Fulfillment na indústria de alimentos e bebidas
A partir da solução, a indústria envia a mercadoria para o centro de distribuição e é o terceirizado quem responde pela entrega para o cliente final. Desse modo, é possível otimizar as despesas de armazenamento e logística, permitindo o aumento na competitividade no mercado em que opera. Sem a necessidade de um armazém próprio (que pode demandar custos fixos com manutenção da estrutura física, segurança e pessoal), criam-se a possibilidade e a oportunidade de expansão da abrangência para o atendimento de novas demandas. Com isso, a capilaridade das vendas também cresce.

Ou seja, além dos benefícios supracitados e da otimização dos níveis de estoque (de produtos acabados, matéria-prima e de produção), o fulfillment propicia a administração compartilhada, a previsibilidade de prazos de entrega e de aquisição de novos estoques. Isso gera maior nível de confiança por parte do consumidor e do próprio marketplace, uma vez que a entrega é garantida em qualquer cidade do território nacional na qual atua o parceiro logístico.

Para o segmento de foodservice, a solução garante mais agilidade, maior nível de satisfação, redução de custos com base em estratégias e maior previsibilidade no abastecimento. Trata-se, portanto, de uma alternativa que tende a crescer ainda mais em 2023, viabilizando o acesso (principalmente) dos pequenos negócios a indústrias homologadas com preços e condições melhores para compra e pagamento. É por isso que o fulfillment já é considerado uma grande tendência no setor.

*João Alfredo Pimentel é CEO da 6place

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